As blockchains sem permissão, como o Ethereum, oferecem oportunidades inéditas no domínio das finanças descentralizadas.
No entanto, a sua natureza descentralizada e aberta coloca sérios desafios às instituições financeiras tradicionais.
Um novo relatório do Banco de Pagamentos Internacionais (BPI) destaca os riscos enfrentados pelos bancos que desejam aventurar-se neste universo.
Riscos múltiplos e complexos
O relatório do BPI salienta que os bancos que interagem com blockchains sem permissão estão expostos a inúmeros riscos.
O primeiro deles é a segurança: ataques informáticos, perda de chaves privadas e vulnerabilidades dos protocolos representam ameaças constantes.
A conformidade também é uma preocupação. Cumprir as regulamentações contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo é mais complexo em redes descentralizadas.
A governança é outro risco identificado. A ausência de um órgão central de decisão dificulta a resolução de conflitos e a implementação de mudanças.
Além disso, a finalização das transações também pode ter impacto. Ao contrário dos sistemas bancários tradicionais, as transações numa blockchain podem ser reversíveis em certas condições. Esta situação pode criar incerteza jurídica.
Possibilidades de reduzir a exposição
O BPI propõe várias abordagens para mitigar estes riscos. Em primeiro lugar, exige uma maior vigilância. Seria necessário implementar sistemas sofisticados de monitorização para detetar atividades suspeitas.
Em segundo lugar, deveria ser estabelecido um controlo de acesso. As equipas deveriam designar uma entidade responsável por regular o acesso aos ativos digitais e bloquear transações fraudulentas.
Em terceiro lugar, seria implementado um plano de continuidade. Seria importante prever mecanismos de recuperação em caso de falha na rede.
Finalmente, as tecnologias de privacidade permitiriam o uso de ferramentas como provas de conhecimento zero para proteger os dados pessoais.
As blockchains sem permissão representam uma revolução tecnológica. Isto poderia transformar profundamente o setor financeiro. No entanto, os bancos devem abordar esta nova realidade com cautela e implementar mecanismos de segurança sólidos.
O relatório do BPI sublinha a importância de uma abordagem equilibrada, que permita aproveitar as oportunidades oferecidas por estas tecnologias enquanto se gerem os riscos.
Novos desafios estão a chegar ao mundo bancário e das criptomoedas!
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