A 18 de setembro de 2024, a Worldcoin, um projeto de criptomoedas popular, lançou seus serviços de verificação World ID em Varsóvia, Polónia. A princípio, este movimento representa um passo significativo na expansão europeia da empresa.

Aliás, a característica mais conhecida da Worldcoin é a tecnologia de verificação por biometria da íris. Isto a diferencia de outros projetos cripto populares como Bitcoin, Ethereum, Dogecoin, Solana, e Avalanche. Por isso, a empresa tem ganhado popularidade, visto que aborda preocupações crescentes sobre a segurança da identidade digital. Ademais, essas preocupações surgem face ao rápido desenvolvimento e disseminação da inteligência artificial.

Por outro lado, embora alguns considerem as inovações da Worldcoin uma forma de aumentar a segurança no espaço cripto, outros manifestam preocupações. Afinal, a recolha em larga escala de dados biométricos pela empresa gera dúvidas. Assim sendo, veremos a seguir as controvérsias recentes na Europa sobre estas preocupações, bem como as promessas e desafios que o lançamento de uma plataforma da Worldcoin na Polónia traz.

Principais Características

Conforme indicado, o principal dispositivo da Worldcoin é o World ID. Em contraste com projetos como o metamask, o World ID não funciona como uma wallet ou carteira digital. Pelo contrário, trata-se de um passaporte digital que utiliza dados biométricos para verificar a identidade do utilizador.  Com isso, garante-se que apenas humanos têm acesso a serviços e informações confidenciais, excluindo a Inteligência Artificial.

De acordo com a Worldcoin, os serviços oferecidos são passos cruciais para resolver o problema da verificação de identidade online. Analogamente, este problema tem-se tornado cada vez mais urgente, à medida que os conteúdos gerados por IA se tornam difíceis de distinguir dos criados por humanos.

Defensores e Críticos 

Embora existam defensores da Worldcoin, os quais argumentam que os seus sistemas de verificação são benéficos para prevenir fraudes e ciberataques no mundo cripto, a empresa também enfrenta oposição.

Por exemplo, defensores da autonomia e privacidade no mundo digital argumentam que a recolha de dados biométricos é potencialmente perigosa. Afinal, há sempre o risco de as empresas que recolhem os dados os usarem de forma inadequada ou reivindicarem direitos sobre eles.

Aliás, a 24 de março deste ano, as preocupações levantadas pela Comissão Nacional de Proteção de Dados em Portugal levaram à suspensão da recolha de dados biométricos da Worldcoin no país por 90 dias. Este evento gerou controvérsia na Europa, com muitos a questionarem se os benefícios da Worldcoin justificam os riscos que representa.

O Futuro do Debate

O lançamento da Worldcoin na Polónia trouxe à tona tanto promessas quanto desafios. Afinal, a integração de dados biométricos no espaço digital levanta questões importantes. Por isso, o debate entre críticos e apoiantes da Worldcoin tende a ganhar ainda mais relevância no futuro.

A saber, o debate aborda a necessidade de uma prova de identidade humana, a questão da propriedade de dados biométricos, e o cultivo da privacidade e autonomia em espaços digitais. Com efeito, espera-se que este processo leve ao surgimento de soluções que tornem o espaço cripto mais seguro e benéfico para todos.