Os últimos anos não foram os melhores para o mercado de criptomoedas. De fato, 2022 e 2023 foram marcados por inúmeras dificuldades, como crises económicas, polémicas, quebras e desaparecimentos de atores importantes. Embora seja difícil avaliar se o pior ficou para trás, certo é que 2024 já começa melhor, com a valorização de alguns tokens frente ao preço médio do ano passado.
Assim, seria este o melhor momento para investir em criptomoedas? Talvez, pois os ativos ainda estão relativamente baixos em relação às suas altas históricas, e, caso a tendência atual se mantenha, as chances de ganhos podem se materializar.
Neste caso, em qual criptomoeda apostar? No Bitcoin? Bem, embora seja um criptoativo que desperte muito interesse nos investidores, seu preço já está alto. Então porque não comprar uma criptomoeda semelhante ao Bitcoin, mas que ainda não explodiu?
Aqui vamos apresentar a evolução do Nano (XNO), um ativo que esteve em baixa nos anos anteriores, mas que agora parece retomar, em partes, o seu valor.
O que é o Nano (XNO)?
Em nossa avaliação sobre o Nano, o projeto destaca-se pela sua simplicidade. Esta é uma vantagem em um mercado repleto de projetos complexos e de difícil entendimento para os iniciantes no universo dos blockchain. O token consegue trazer simplicidade sem abandonar a sua ambição. Como descrito em seu site oficial, o XNO é a “moeda digital do mundo moderno”, e seu objetivo é estar presente em transações do dia a dia.
No que se refere ao preço do Nano, até a publicação deste artigo, o Nano estava cotado a 1 euro. A capitalização da sua rede é de 132 milhões de euros, segundo dados da CoinMarketCap, que coloca a criptomoeda em 283º lugar no mundo. Em outras palavras, a criptomoeda apresenta a vantagem de ainda não ter explodido. Além disso, com um total de 133.248.297 de unidades, o número total de tokens XNO é limitado, o que também pode ser positivo em termos de valorização futura.
História do Nano
A origem do projeto Nano remonta a 2014, quando o projeto se chamava RaiBlocks e seu símbolo era o XRB.
A moeda distinguiu-se desde a sua criação pela forma como foi distribuída ao público. Enquanto muitas criptos entram no mercado por meio de uma Oferta Inicial de Moedas (ICO), com a venda de tokens com desconto para atrair investidores, a distribuição do XRB foi feita aos utilizadores após a conclusão de um teste de captcha. Assim, o número de moedas distribuídas foi uma função do número de testes concluídos com sucesso.
O ano de 2018 marcou um ponto de viragem no projeto. Em janeiro daquele ano, o blockchain passou a se chamar “Nano” e o novo símbolo foi o XNO. Longe de ser uma simples mudança, o fato é que o novo nome é mais fácil de lembrar do que “RaiBlocks”. Acima de tudo, carrega consigo a ideia de velocidade e simplicidade, que são a base do Nano.
A principal pessoa por trás do token é Colin Le Mahieu, engenheiro e desenvolvedor de software. Antes de investir na iniciativa, ele trabalhou para grandes empresas como AMD, Dell e Qualcomm.
Qual o objetivo do projeto Nano?
Ao contrário de muitas criptomoedas, a filosofia do Nano é bem simples: fornecer uma arquitetura que possa lidar com um número muito grande de transações, sem taxas e de forma descentralizada. Neste sentido, o token tem uma abordagem semelhante ao Bitcoin.
Mas as duas criptos não compartilham exatamente a mesma tecnologia. Além disso, suas filosofias são ligeiramente diferentes. O Bitcoin é uma criptomoeda que atua como reserva de valor, além de ser um meio de transações. O Nano desempenha o papel do dinheiro nas finanças tradicionais, sendo usado em transações do dia a dia.
Como o nome sugere, o token é particularmente adequado para micropagamentos. O nicho representa um grande potencial nos países em desenvolvimento. Para ajudar a gerenciar essas transações, a rede Nano é dimensionada para processar um número extremamente alto de transações, que, por sua vez, não atribuem nenhuma taxa aos utilizadores.
Em termos energéticos, a criptomoeda Nano posiciona-se como uma moeda sustentável. Isso significa que sua rede é muito baixa em termos de emissões de gases de efeito de estufa. O consumo de energia em uma de suas transações é de apenas 0,111 kWh. Para se ter uma ideia, esse valor pode ser milhões de vezes menor do que o consumido por uma transação de Bitcoin.
Como o Nano funciona?
A rede Nano tem duas características técnicas especiais. Enquanto a maioria das criptos é executada em um blockchain, sua criptografia é executada em um sistema DAG, ou Directed Acyclic Graph.
Mas qual é a diferença entre um blockchain e o DAG?
O DAG é um conjunto de nós conectados entre si sem um loop. Ao contrário de um blockchain, as transações neste sistema não são agrupadas em um bloco. Assim, os processos são feitos mais rapidamente, já que não é necessário esperar a formação de um bloco.
Outro ponto é que não há mineradores no sistema, o que explica o fato de isenção de taxas de staking ou de transação. Além da cripto Nano, redes cripto como Fantom (FTM), IOTA (MIOTA) e Hedera (HBAR) operam com base no DAG.
Como comprar Nano?
A melhor forma de investir em Nano é por meio de exchanges centralizadas, como a Binance, a Coinbase e a Kraken. Essas plataformas permitem que você compre, venda e negocie criptos.
Também é possível optar por exchanges descentralizadas, como a Uniswap e a Pancakeswap, que permitem trocas P2P. No entanto, seu manuseio é mais complexo do que as exchanges centralizadas, que são, portanto, mais adequadas aos iniciantes em criptomoedas.
Agora vamos para o lado prático da operação.
A maioria das trocas segue o mesmo processo. Em primeiro lugar, é preciso criar uma conta pessoal na exchange de sua preferência. Este passo será mais ou menos complicado a depender das obrigações a que a plataforma está sujeita. No mínimo, terá de preencher algumas informações pessoais, como seu nome e endereço de e-mail.
A exchange também pode solicitar informações adicionais, tais como comprovativo de morada ou cópia de documento de identificação. Finalmente, se a plataforma estiver sujeita aos requisitos KYC (Know Your Customer), será necessário preencher um questionário para definir seu perfil de investidor.
O segundo passo é conectar sua carteira de criptomoedas à plataforma. Normalmente, as exchanges centralizadas oferecem uma hot wallet integrada, mas também pode ligar uma carteira externa à plataforma. Por exemplo, é possível escolher uma cold wallet, que oferece mais segurança, para armazenamento dos seus Nanos.
Seguindo estes passos, estará (quase) pronto para comprar o token. As plataformas geralmente oferecem vários métodos de pagamento. Assim, se for possível efetuar a operação com um cartão, pode prosseguir com a compra imediatamente. Tenha cuidado, no entanto, pois este método geralmente gera taxas mais altas.
Também pode escolher um método de pagamento mais demorado, porém muitas vezes mais barato, como a transferência bancária. Neste caso, primeiro terá de carregar a sua conta na plataforma. Assim que o dinheiro estiver disponível na sua conta, pode prosseguir com a compra de Nano.
Atente-se também à disponibilidade de Nano na plataforma selecionada. Como a criptomoeda ainda não é muito conhecida, talvez não esteja disponível em todas as exchanges. A Coinbase, por exemplo, não oferece Nano. Por outro lado, o ativo está disponível em outras plataformas conhecidas, como a Binance, a Kraken e a Crypto.com.
Há também outras opções, mas o principal é certificar-se do nível de segurança e confiabilidade da plataforma que planeja usar.
Nano: Fear & Greed
Última atualização: 11 outubro 2024
Atualmente:
69 Cobiça
Atualmente: 69 Cobiça
Ontem: 70 Cobiça
Semana passada: 73 Cobiça
Comprar Nano é um bom investimento?
A criptomoeda Nano merece reconhecimento, e agora pode ser um bom momento de apostar nela. Em primeiro lugar, trata-se de um projeto com grande potencial de valorização. A simplicidade de seu projeto também é um de seus pontos fortes.
De fato, o propósito do Nano é simples e direto: substituir moedas fiduciárias. Para isso, possui diversos cartões com processamento rápido de transações e sem taxas. Além disso, o Nano continua a implementar o seu roadmap com o lançamento do Nanobyte, por exemplo, uma ferramenta equivalente ao PayPal que serve para pagamentos simples.
Mas para deixar sua marca no mercado, o Nano terá de superar alguns desafios. Em primeiro lugar, a concorrência é forte e esta criptomoeda permanece na sombra do Bitcoin. E mesmo que sua filosofia seja de fácil entendimento, a tecnologia do DAG é complexa. Se de um lado o blockchain se torna cada vez mais conhecido, o DAG ainda é um sistema atrasado.
Outra questão é a falta de incentivos como o staking de criptomoedas, o que torna o token menos atraente aos utilizadores.
Por fim, a não cobrança de taxas, que é sempre interessante, pode ser um ponto fraco. A questão é que, na maioria dos blockchains, essas arrecadações são usadas justamente para garantir a segurança da rede.
Vantagens e desvantagens de investir em Nano
Projeto simples e direto;
Criptomoeda com abordagem ambientalmente sustentável;
Escalabilidade de rede elevada;
Sem taxas de transação.
Forte concorrência de nomes como o Bitcoin;
Segurança da rede suspeita, dada a ausência de taxas;
Tecnologia DAG difícil de entender.
Opinião sobre o Nano
Em nossa análise sobre o Nano é uma das criptomoedas que todo mundo deveria conhecer. Mesmo com seu grande potencial, o token ainda não alcançou seu momento de glória.
Para se destacar do Bitcoin, o Nano se posiciona no nicho de micropagamentos. A criptografia é executada em uma arquitetura DAG, e não em um blockchain. Isso permite que a rede processe um grande número de transações de forma rápida.
Os pontos fortes desta criptomoeda são a ausência de taxas e o seu lado verde, com operações que consomem apenas uma fração do que a rede Bitcoin.
Enfim, pagamentos rápidos, ausência de taxas e cripto verde, este trio promissor tem tudo para dar certo. Mesmo assim, lembre-se de buscar mais informação sobre o Nano para definir sua estratégia de investimento no ativo.
A criptomoeda Nano tem muito potencial, pois possibilita transações rápidas sem a cobrança de taxas. Além disso, é uma das poucas “criptos verdes” do mercado.