A Polícia Judiciária (PJ) portuguesa, em colaboração com a Europol, Eurojust e autoridades judiciais de vários países da UE, desmantelou com sucesso uma rede criminosa de burlões de criptomoedas que tentaram lavar mais de €10 milhões, conforme anunciado num comunicado de imprensa em 31 de maio de 2024. As autoridades realizaram buscas em 15 casas e desmantelaram 2 redes de recrutamento de mulas de dinheiro alegadamente a trabalhar para burlões de criptomoedas envolvidos em esquemas de “rip-deal”. Os investigadores focaram-se inicialmente nas mulas de dinheiro, rastreando o fluxo financeiro para descobrir a rede criminosa mais ampla.
O Crime
Os burlões visavam indivíduos ricos com alto poder de investimento e interessados em imóveis. Ao final da investigação, os principais autores dos crimes residiam na França e Itália, mas haviam feito vítimas em Portugal, Suíça, Itália, Roménia, Espanha e Áustria. Utilizavam criptomoedas e várias aplicações para facilitar o esquema. Após contactar as vítimas, marcavam encontros em locais de luxo e instruíam-nas a descarregar aplicações de gestão de criptomoedas. Assim que as vítimas instalavam estas aplicações, os criminosos assumiram o controlo online das suas “wallets” -carteiras de criptomoedas.
Além disso, os criminosos terceirizaram a lavagem de dinheiro para outras duas redes. Estas redes recrutavam mulas de dinheiro — indivíduos que recebiam dinheiro nas suas contas bancárias e depois transferiam-no para outra conta ou levantavam-no em dinheiro, entregando-o a outra pessoa em troca de uma comissão. As vítimas só percebiam que os seus fundos tinham desaparecido das suas carteiras de criptomoedas quando os pagamentos eram feitos.
A Investigação
A investigação da PJ, chamada “Trust”, durou dois anos. As autoridades portuguesas foram apoiadas pelo Eurojust, Europol e agências de aplicação da lei de Itália, Espanha, França, Alemanha, Romênia, Áustria e Suíça. A investigação culminou em operações de busca em vários países, resultando na prisão de 11 indivíduos e na apreensão de uma ampla gama de criptomoedas, possivelmente incluindo Bitcoin, Ethereum, Decentraland, e Solana.
Iniciativas Futuras
Após a investigação, a Europol lançou uma campanha de prevenção online para sensibilizar sobre as atividades das mulas de dinheiro. A campanha educa o público sobre como operam as burlas, e destacam as características que identificam os grupos mais vulneráveis ao esquema. Além de tomar estas medidas importantes para prevenir-se de envolvimento em burlas, os investidores também podem utilizar plataformas como a eToro, visto que esta já estabeleceu uma boa reputação na região por ser fiável e eficiente.
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